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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Produtos eróticos ganham aval dos medicos

Produtos eróticos ganham aval de médicos. por Claudia Collucci Ginecologistas têm sugerido às suas pacientes o uso terapêutico de produtos eróticos para tratamento de casos de má-formações e atrofia da vagina, incontinência urinária e disfunção sexual. Não estranhe, portanto, se receber de seu médico a indicação de uma visita ao sex shop. Alguns dos apetrechos vendidos nessas butiques eróticas, associados a exercícios com orientação profissional, têm a função de “reabilitar” o assoalho pélvico -musculatura que sustenta o útero, o intestino e a bexiga. Em mulheres, esses músculos podem ser lesados durante o parto vaginal e perdem ainda mais força à medida que os níveis hormonais se reduzem durante o período da menopausa. O problema mais frequente é a incontinência urinária -que afeta 25% das mulheres de até 60 anos. Desde que feitos com acompanhamento de um terapeuta, exercícios com pequenos cones plásticos de diferentes pesos, introduzidos no canal vaginal, fortalecem a musculatura e, em alguns casos, podem evitar as cirurgias de reconstituição do períneo e de “levantamento” da bexiga, afirma a ginecologista Raquel Figueiredo, responsável pelo núcleo do assoalho pélvico do Hospital do Servidor Público Estadual. Segundo Figueiredo, 60% das mulheres com incontinência urinária de esforço melhoram com a fisioterapia. “A mulher deveria fazer exercício para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico durante toda a vida. Ela sustenta órgãos muitos importantes e não pode ser esquecida”, afirma. Outros produtos eróticos que costumam ser sugeridos pelos ginecologistas são os massageadores vaginais, associados a géis lubrificantes, para casos de atrofia vaginal (perda da elasticidade e afinamento) ou vaginismo (dor na vagina), provocados pela queda dos níveis de estrogênio, após a menopausa. A atrofia vaginal causa dor ou desconforto durante a relação sexual. Próteses penianas de diferentes tamanhos também têm sido indicadas por médicos para casos de má-formação da vagina em que é preciso dilatar o canal do órgão. “Não só indico para as minhas clientes como, às vezes, vou até à butique erótica para escolher o modelo certo para a pessoa certa”, afirma a ginecologista e obstetra Tânia das Graças Mauadie Santana, 55, chefe dos serviços de planejamento familiar e de sexologia do Hospital Pérola Byington. De acordo com Santana, no tratamento de alguns tipos de má-formação vaginal é mais barato a mulher comprar as próteses penianas nas butiques eróticas, a preços que variam de R$ 30 a R$ 60. Nas lojas de produtos hospitalares, os moldes de acrílico seriam vendidos, em média, a R$ 700. “Para casos em que é preciso dilatar o canal vaginal, as próteses vendidas em sex shop cumprem perfeitamente a função”, relata a ginecologista Cláudia Gazzo, responsável pelo setor de reprodução do hospital do servidor. Segundo Edmund Chada Baracat, professor da Unifesp e presidente da Febrasgo (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia), não existem evidências científicas que comprovem que os moldes de acrílico possam ser substituídos por próteses vendidas nas butiques eróticas. “Acho temerosa a compra desses produtos.” Segundo ele, para casos de agenesia parcial da vagina (um tipo de má-formação em que a mulher só possui a entrada vaginal), são indicados moldes penianos confeccionados sob medida para a paciente. “À medida que a vagina vai sendo aprofundada, o molde deve ser substituído”, afirma. O ginecologista Marcelo Zugaib, professor de obstetrícia na USP (Universidade de São Paulo), afirma ter ficado surpreso com a informação de que há produtos usados no tratamento de má-formação vaginal e de incontinência urinária sendo vendidos em sex shop. “Nunca ouvi falar nisso.” Segundo ele, as mulheres com esses problemas só devem consumir os produtos se houver indicação do médico e com acompanhamento de um especialista em reabilitação do assoalho pélvico. “Só ele poderá avaliar o objeto indicado para o caso e se, por exemplo, a musculatura está reagindo aos estímulos”, afirma. Nos casos de disfunção sexual feminina -mulheres que não atingem o orgasmo, por exemplo-, médicos e terapeutas acreditam que uma visita ao sex shop pode ser bastante benéfica. “Os produtos eróticos aumentam o desejo sexual”, diz a médica Tânia Santana. Ela afirma que, após visitar uma butique erótica, as pacientes voltam com uma “idéia elegante da sexualidade”. Segundo a psicóloga e terapeuta sexual Silvia Cavicchioli, proprietária de uma butique erótica que só atende pacientes indicadas por médicos, muitas das mulheres atendidas sentem dor na relação sexual ou têm medo da penetração ou são anorgásmicas. “Nesse casos, é preciso ter sensibilidade para indicar produtos que vão ajudá-la a explorar o corpo e colocá-la em contato com as zonas erógenas”, afirma. A butique de Cavicchioli, que só atende com hora marcada, não possui nome na porta e se confunde com qualquer outra casa do Planalto Paulista, zona sul da capital. “A mulher deve perder o preconceito de sentir prazer. Ir a um sex shop não é coisa de psicopata. É supersaudável para a relação do casal”, diz Raquel Figueiredo. Fonte: Folha de São Paulo