Eu adoro!
Já falei aqui sobre BDSM que é uma prática baseada na troca de poder erótico. E mesmo que pareça repetitivo já começo lembrando a questão da consensualidade. É uma troca e se há uma troca presumimos que houve consentimento.
Já falei aqui sobre BDSM que é uma prática baseada na troca de poder erótico. E mesmo que pareça repetitivo já começo lembrando a questão da consensualidade. É uma troca e se há uma troca presumimos que houve consentimento.
Eu gosto da prática mas eu também acho muito interessante a construção dos relacionamentos dessa natureza.
Primeiro que é preciso muita
transparência entre os envolvidos. É preciso que cada um a seu tempo
manifeste não apenas consentimento mas desejo real de praticar.
Voce já deve ter visto imagens de
mulheres dominadoras. Geralmente elas são retratadas como mulheres
boazudas em roupas fenomenais de latex, como a Mulher Gato. São belas
imagens mas passam a impressão de que o poder emana do fato de serem
boazudas mesmo.
Na verdade, nem sempre essas mulheres
são dominadoras. Podem ser ou não. Particularmente acho que a Mulher
Gato apesar de arisca deseja muito submeter-se. Precisava era o Batman
tomar a iniciativa mas enfim….Isso é assunto pro Gian, rs.Então, nesse caso, o hábito não faz o monge. Mesmo.
Outra imagem errada é aquela de mulheres
autoritária. “Ah, ela é autoritária no cotidiano deve ser autoritária
na cama também.” Nem sempre.
Em BDSM as pessoas escolhem livremente
uma das posições. Se fico mais confortável na posição de dominadora,
vou ser dominadora, se fico mais confortável na posição de submissa,
serei submissa. É um exercício de liberdade que não tem nada a ver
também com submissão cultural. Isso está bem descrito no artigo “Dr., eu gosto de apanhar… “
Então você não precisa ter na verdade
nenhum talento especial para ser uma Dominadora (ou Dominador) , você
apenas precisa gostar de dominar e encontrar um parceiro que tope.
Algumas pessoas sentem prazer tanto submetendo-se como dominando. No meio BDSM elas são conhecidas como switchers. Acho sempre um bom começo experimentar as duas posições.
Mas vamos falar
especialmente em Dominação. Um cliente me pediu para falar sobre isso.
Sua parceira demonstra desejo de submissão e ele não sabe como
começar.
Parto do pressuposto que o papel de
Dominador é confortável para ele e não apenas imposto pelo desejo da
parceira. Pressuposto importante porque, como já dizia minha avó:
pode-se levar o cavalo até a beira do rio, mas não se pode obrigá-lo a
beber água.
Então vamos até a beira do rio…
O jogo começa com uma conversa muito
profunda e sincera sobre desejos, fantasias e fetiches. A parceira
pode dizer por exemplo que deseja apanhar mas não gosta da idéia de
exposição pública. Vivemos em uma cidade praiana e essas marcas podem
criar algum constrangimento. Alguns submissos adoram exibí-las, outros
não.
Tudo isso é conversado. Sei, posso ver a
parceira submissa torcendo o nariz porque não quer falar sobre o que
deseja. Ela entende que o parceiro deve tomar todas as iniciativas.
Sinto muito: como qualquer jogo precisa de regras e parâmetros claros.
Mas vamos que vai rolar a prática que chamamos de spanking e o parceiro dominador iniciante tem receio de machucar a parceira além do limite. Para isso criamos a safeword , uma palavra de segurança que quando mencionada interrompe imediatamente o jogo. Essa palavra deve ser uma palavra diferente de “Não! Não! Pára!”. Essas palavras sempre tem duplo sentido. A palavra de segurança deve estar totalmente fora do contexto.
Eu combino com os meus submissos duas
palavras: uma é PIEDADE que eu entendo que é para diminuir a
intensidade e outra MISERICÓRDIA que eu entendo que é realmente para
PARAR o jogo. Dessa forma fico totalmente à vontade para ocupar todo o
espaço.
A intensidade do spanking deve aumentar
gradativamente. A escolha dos materiais é muito pessoal. Eu por
exemplo evito os chicotes longos porque eu sou pequena e me enrrosco
toda neles. Prefiro as palmatórias, os chicotes curtos e o slap. Voce
pode improvisar também com chinelos havaianas, por exemplo.
Os locais ideias para bater são sempre
as partes mais carnudas: coxas, bunda… No rosto com cuidado e nas
genitais, somente com as mãos ou chicotes especiais.
É importante criar um clima, não apenas o bater por bater. Vou falar mais sobre isso.
Por agora quero lembrar que as práticas
BDSM sempre devem se cercar de cautela. Evite consumo de alcool,
drogas ou qualquer outro expediente que minimize as sensações ou crie
confusão mental. Voce vai ver que o jogo por si só já produz sensações
incriveis.
O chicote de nylon é interessante para os iniciantes porque não deixa marcas e nem vai provocar cortes.
Porém preste atenção porque ele tem uma
saliência na ponta que provoca uma dorzinha desagradável., tão erótico
quanto uma visita ao dentista.
O Slap é interessante até por causa do
barulhinho. Slap! Slap! Um dos lados tem rebites, o outro é liso.
Experiencias diferentes.
A palmatória de madeira é mais sofisticada e é importante realmente só usá-la na bunda e em nenhum outro local.
Fonte:Crónicas de Elisatbeth Andrade
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