Que as crianças andam precoces ninguém duvida. Mas
na Itália estão demais..rs. Um ônibus escolar foi flagrado com uma
propaganda da Erotic Dreams, loja que vende produtos eróticos.
A exibição do anúncio foi aprovado pela Dolomitibus, empresa dona do veículo, sem consentimento dos pais do alunos.
“Nossos filhos já são crescidos o bastante para ler o anúncio e nos
perguntar do que se trata”, disse a mãe de uma das crianças que usa do
transporte escolar, segundo o “Metro”.
uhauhauhauha, acho que a pessoa que autorizou isso esta bem na frente, auhauhauhuaa
E fiquei impressionado com a qualidade do ônibus, “novinho” Fonte:portal das curiosidades
Apimente e melhore a sua relação
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sexta-feira, 29 de julho de 2011
Perda de libido também afeta os homens.
O urologista
Márcio Carvalho, do Centro de Informações e Estudos sobre a
Sexualidade de Maringá (Ciesma), explica que os homens também são
afetados pela perda de libido e, mais uma vez, isso não representa,
necessariamente, a falta de amor pela parceira.
De acordo com o especialista,
basicamente existem quatro fatores que provocam a falta do desejo no
homem: “O primeiro é o desequilíbrio hormonal ou a andropausa (mais
corretamente distúrbio androgênico do envelhecimento masculino), que
acarreta na perda parcial ou mesmo completa do desejo sexual,
associado com perda das fantasias ou pensamentos ligados ao sexo e
disfunção erétil (impotência)”, explica.
“O indivíduo fica até meses sem sexo e
não sente falta, e é a esposa que vai procurá-lo. Em algumas vezes a
potência sexual até está presente, ou seja, ele faz sexo ‘empurrado’
pela parceira, mas sem desejo algum”.
O segundo bloqueio da libido pode vir de
problemas emocionais como tristeza e depressão. Nesta situação, a
pessoa não quer nada que lhe dê prazer, não quer se divertir, se
alimentar ou fazer sexo.
A terceira causa da ausência de libido
pode estar relacionada ao uso de remédios contra a depressão ou a
ansiedade. “Muitas vezes o paciente está tomando o medicamento e não
percebe a perda do desejo até que a esposa começa a chamar a atenção
dele”, afirma Carvalho.
É uma situação difícil, porque somente
com a interrupção do tratamento ele vai recuperar o desejo, mas se não
tratar o problema (depressão/ansiedade) também terá comprometido a
libido”.
Outra causa provável da falta de
interesse sexual é o desgaste emocional causado pela crise no
relacionamento, inclusive com a perda da libido de ambos.
O médico alerta também para o uso de
medicamentos como o Viagra, que não devem ser usados com intenção de
‘acordar’ o apetite sexual. Eles são destinados para quem tem
problemas de ereção e só funcionam com o desejo presente.
“Se não houver desejo, o estimulante é
inútil”, enfatiza o urologista. A solução para a perda do desejo sexual
é trabalhar na fonte ou na raiz do problema, somente assim o
tratamento vai surtir o efeito esperado.
Para trazer o prazer de volta é preciso investigar
- O tratamento mais eficiente para retomar o desejo sexual é o multidisciplinar. O apoio de médicos e psicólogos ajuda o paciente a superar problemas físicos e emocionais que causam a perda da libido.
- Os parceiros são o segundo grupo mais afetado pelos males que causam a perda de desejo sexual, por isso mesmo é fundamental que participem do tratamento. O apoio da pessoa amada e a chance que o paciente tem de expressar o que sente e ouvir o parceiro podem ajudar e muito para que os dois encarem com mais tranquilidade o processo de cura.
- O paciente com perda da libido, seja homem ou mulher, por períodos prolongados deve buscar ajuda. Segundo a sexóloga Eliane Maio, o paciente deve passar por médicos que possam examiná-lo, neste caso, analisar o aspecto da saúde física do paciente. Depois desta análise, verifica-se quais seriam os fatores; se os físicos estiverem organizados, trata-se os emocionais que possam estar bloqueando o desejo.
- A anorexia sexual e males similares são diferentes da situação em que a pessoa perde o desejo apenas pelo parceiro. No segundo caso, a terapia de casal ajuda a esclarecer os pontos de atrito e, se for do interesse de ambos, recuperar a afetividade na relação. Seja qual for a situação, a cura começa com uma conversa sincera com o parceiro.
Depressão
O tratamento da depressão exige paciência do casal, porque a medicação compromete a libido, entretanto a ausência do tratamento também causa o mesmo efeito. A cumplicidade e a paciência do parceiro ajudam o paciente a se recuperar mais rápido.
O tratamento da depressão exige paciência do casal, porque a medicação compromete a libido, entretanto a ausência do tratamento também causa o mesmo efeito. A cumplicidade e a paciência do parceiro ajudam o paciente a se recuperar mais rápido.
Elas sofrem mais
A falta de libido é mais comum entre as mulheres por causa da educação repressora. Falar sobre o problema pode trazer alívio. A repressão causa sofrimento e pode ser somatizada em sequelas diversas como depressão, síndrome do pânico, entre outras.
A falta de libido é mais comum entre as mulheres por causa da educação repressora. Falar sobre o problema pode trazer alívio. A repressão causa sofrimento e pode ser somatizada em sequelas diversas como depressão, síndrome do pânico, entre outras.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Cidades eróticas do mundo: os lugares mais quentes, hot, chauds…
Adoro Viagem
Eros, deus grego do amor.
Do seu nome nasceu o erotismo; Sensualidade, libido, desejo.
Envolvendo ou não o afeto, o erótico desliza sensações pelo instinto
animal do ser humano, suas expressões causam vitória e derrota,
submissão e controle, desejos que vão desde obras do Marquês de Sade às
canções da Madonna. Em alguns lugares do mundo a flecha do cupido
desvia do coração e atinge primeiro a testosterona e os estrógenos.
Ajoelhar-se para oferecer um anel de noivado em alguma dessas cidades
parece impensável, mas as declarações de amor efusivas por trás das
paredes parecem não se importar com o futuro. Conheça agora algumas das
cidades que seguem a risca os ensinamentos de Mallanaga Vatsyayana no
Kama Sutra, e que até fariam Madame Bovary relaxar com os seus pecados.
O chá das cinco do
artista ilusionista Escher e o paraíso das pinturas de Van Gogh. Se a
Holanda é uma artista, Amsterdã é sua obra de arte. O que muitos
encaram como liberal, em Amsterdã é simplesmente normal. Uma cultura
diferente, criada em um berço histórico diferente. Suas águas lembram
Veneza, seu clima lembra Paris mas suas cores são Holandesas. A luz
vermelha que ilumina o Red Light District transforma suas ruas no
centro da luxúria, as meninas que dançam em vitrines são protegidas por
vidros e pelo Estado, 20 minutos do seu tempo é equivalente a €50,00.
Pegue sua bicicleta (é, um super carro não vai impressionar ninguém por
lá) e vá até o Erotic Museum, uma casa do século 17 decorada com
litogravuras do John Lennon e versões pornográficas de clássicos da
Disney. Bonecos gigantes e réplicas de corpos nus formam uma espécie de
museu de cera do erotismo. Para mudar de ares, um tranquilo passeio de
barco pelos canais de Amsterdã purificarão o domingo a tarde.
CARTAGENA
BERLIM
Hedonismo, a busca
do prazer em todas as suas formas e tipos. Uma doutrina filosófica que
surgiu na Grécia e despencou para Berlim no começo do século XX. Os
cabarés, o curto cabelo preto, os vestidos leves, os tornozelos a
mostra. Piteira na boca e desejos no corpo. Foi depois da primeira
guerra mundial que Berlim entrou na puberdade e o liberalismo começou a
dar as caras, bares gays e casas de sadomasoquismo foram inauguradas,
começando a dar forma à Berlim que conhecemos hoje. Lógico que os
atrativos da cidade vão bem além da sua noite desinibida, mas não há
como negar que uma noitada em Berlim é uma experiência inteiramente
despudorada. Na região central, não deixe de conhecer as ruas
Oranienburger Strasse, Hackescher Markt, e Friedrichshain. Bares e
casas noturnas (a maioria sem taxa de entrada) pipocam em suas calçadas.
Em Mitte, mais precisamente na rua Veteranenstrasse, se jogue no
sedutor Bergstübl e descanse nas poltronas de couro sob uma decoração
retrô e luz vermelha. não deiixe de conhecer Kastanienalle, a rua mais
desinibida da cidade. Ela teve sua adolescência punk, e agora mais
madura ganhou ares multiculturais com espirito underground. No lugar
onde antes ficava o muro de Berlim, está agora hospedada Watergate, um
escândalo na noite Alemã. Com técnico e eletrônico rolando a madrugada
inteira, são dois andares de muito neon e luzes coloridas. A noite
esquenta mesmo na naughty Kit Kat Club, em Mitte. Suas paredes abrigam
trance music e suas noites carregam sexualidade sem limites. Mesmo! O
lema da casa é “faça o que quiser, mas continue se comunicando”.
XANGAI…
…Ou “Paris do
Oriente”. É uma das cidades mais românticas da China. Imagine todo o
misticismo oriental, a entorpecência dos incensos e essências chinesas,
e o som do ruan tomando lentamente seus sentidos. Os templos antigos e
as enevoadas salas de massagem parecem abrir um universo paralelo em
uma china socialista. O cenário lúdico na Broken Bridge é direcionado
aos casais apaixonados, mas no Museum of Ancient Chinese Sex Culture a
coisa muda de figura. Quatro mil objetos considerados como relíquias
culturais relacionadas ao sexo na antiga China ficam em exposição na
cidade de Tongli, pertinho de Xangai. A Concessão Francesa, um bairro
com descendência francesa, mistura comércio moderno com artigos
chineses, e muitos restaurantes dividem espaço com galerias de arte e
hotéis de luxo. O Mansion Hotel em Xuhui District é uma viagem de volta
aos anos 1930. Era lá que o gangster Du Yuesheng dava suas festas
regadas com orgia e dinheiro.
HAVANA
O calor e o
socialismo tira a roupa dos cubanos. Com seus vestidos curtos, as
mulheres de havana deslizam suas pernas mulatas sobre as areias de uma
cidade que já foi colônia de férias dos americanos. Seus casinos,
resorts e cabarés foram levados embora pela revolução cubana em 1959, a
atmosfera de Frank Sinatra virou uma cópia da URSS com corpos morenos.
Havana parou no tempo, mas seu turismo baseado no sex appeal continua
efervescente. Mais triste do que sensual, muitas mulheres inteligentes
em Havana acabam se prostituindo para conseguir uma renda extra. As
jineteras são garotas de programa que levam os turistas aos melhores
lugares da noite cubana – No conceito delas, é claro. Já as fiestas de
diez pesos são festas escondidas para a galera ainda mais liberal, com
gays, lésbicas, e travestis. Em cada final e semana a balada está em um
lugar diferente, o esquema é parecido com as festas exclusivas aqui do
Brasil; É preciso conhecer alguém que a frequenta para poder saber
onde a festa vai rolar. Mesmo sob as vistas (nem tão) grossas de Fidel
Castro, o antigo Cine Yara funciona com som Dolby Digital e tela grande
na esquina da rua 23 com a rua L.
NEW ORLEANS
Berço do Jazz e do
Blues e lar dos vampiros nos livros de Anne Rice. New Orleans perdeu
seu posto de Sin City para Las Vegas, mas poucas cidades tem um passado
igual o seu. O rei Louis VIX da França resolveu “limpar” a principal
prisão de Paris e mandar todas as prostitutas de lá para New Orleans.
Essas moçoilas soltas nas ruas da cidade, sem dinheiro e com muito
rancor no coração, formaram a primeira gangue de mulheres no sul dos
Estados Unidos, e a área da prostituição ficou conhecida como
Storyville. Em 1987 o governo da cidade reconheceu a prostituição por
lá, mas a legalização só durou até o ano de 1917. Todo ano acontece o
Mardi Gras em New Orleans, um tipo de carnaval brasileiro que foi
herdado da França devido à colonização. Mas não é preciso esperar uma
data especifica no calendário para se jogar na farra da cidade. A noite
boêmia de New Orleans misturou características norte americanas com o
jeitão e a cultura Européia. O show do comediante e travesti Chris
Owens lota de segunda à sábado no Chris Owens Club & Balcony. Tudo é
bem pensado: Passe primeiro ao cassino Harrah’s casino na 8 Canal
Street, ganha alguns jogos e gaste seu cash na libertinagem dos cabarés
e dos burlesque clubs, com apresentações de dançarinas que praticam
uma espécie de strip tease mais teatral e menos vulgar. Na Bourbon
Street, mais precisamente no French Quarter, ainda é possível encontrar
um grande número de burlesque clubs e cabarés, como o Le Chat Noir.
RIO
Chico Buarque
descreveu: “Quase arromba a rotina de quem vê”. O cristo com os braços
abertos protege uma cidade de fé e paixão. As inúmeras igrejas e
templos religiosos lotam as ruas do Rio, enquanto corpos suados de mar e
parafina fogem se dividem entre o sol quente da praia e a noite da
Lapa. O calor de Copacabana e Ipanema, as areias quentes refletidas ao
mar, os muitos biquinis minúsculos e alguns topless. Ah o carnaval…A
beleza e a libido estão em todos os lugares, e há muito respeito acerca
das mulheres que se exibem pelas ruas da cidade. Afinal de contas,
elas fazem parte do cenário do Rio. Já a prostituição para muitas, como
em outros países, são reflexo da sociedade, e da sobrevivência. A
Cachoeira Cascatinha na floresta da tijuca é um delicioso cenário para
namorar ao ar livre, e a praia do abricó, no bairro Grumari, é visitada
por nudistas desde 1940. A noite da boêmia carioca entra nos moldes de
Cazuza e de Vinícius de Moraes, no Rio Scenarium Bar na Lapa, um
casarão decorado com peças de antiquário que envolve a madrugada em uma
atmosfera surreal. Os bares do Baixo Gávea representam calorosamente o
clima noturno do Rio; Pegue sua caipirinha e se prepare pra muito
samba rock e MPB no melhor da noite. Já a noite eletrônica esquenta no
00 club próximo ao planetário da gávea. Para curtir um funk com classe,
a Baronetti club é uma opção longe das favelas.
IBIZA
O ponto mais colorido e animado da Espanha, que
mista prazer e natureza, história e amor, nas 24 horas de
efervescência. Na política paz e amor dos hippies dos anos 60, os
seguidores do “free love” de Ibiza trocaram os chinelos de couro por
salto alto, o colete pela sunga e o som da Jenis Joplin pelo beat
eletrônico. A ilha dos prazeres mistura sensações carnais com o calor
do álcool nas taças de Martini. As baladas não param um segundo. Em Las
Salinas, uma praia de nudismo chama a atenção dos turistas devido a
grande concentração de corpos esculturais por metro quadrado. Só por
estar em Ibiza qualquer pessoa já ganha uma pitada de sex appeal. O KM5
lounge integra restaurante, lounge sob tendas, balada, bar, e tudo de
mais sedutor em Ibiza. Mas, para conhecer mesmo a noite delirante, o
club Amnesia é inesquecível. A casa é anfitriã dos melhores DJs do
mundo e é considerada uma das melhores baladas da terra; A festa da
espuma que rola por lá uma vez por mês deixa à todos com muito menos
puder e roupa.
Filme erótico (porno) 3D supera Avatar na China
filme erótico (porno segundo alguns…) Sex and Zen 3D: Extreme Ecstay é a nova sensação na China, superando inclusive a bilheteira de Avatar. Em Hong Kong, onde a película tem uma versão mais libertária, até o número de turistas na cidade aumentou.
s produtores do
filme estão surpreendidos com o seu sucesso, um fenómeno sem precedentes
no país. A película aumentou inclusive o fluxo de turismo em Hong Kong,
que tem uma versão mais ousada, pois muitos espectadores deslocam-se à cidade para apreciar o lado mais artístico da película, para satisfação das agências de viagens.
Sex and Zen 3D: Extreme Ecstay
custou cerca de dois milhões de euros e conta histórias da corte durante
a Dinastia Ming. Evidentemente, um novo capítulo já está a ser
produzido. De referir que a série Sex and Zen já era um clássico do erotismo chinês, com dois filmes. Mas o 3D veio alterar tudo…
A estreia nos Estados Unidos está agendada para o dia 12 de Agosto.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
A ex-BBB Francine festeja 28 anos e posta foto com um vibrador.
ex-BBB Francine comemorou 28 anos com uma festa
neste domingo e colocou algumas fotos em sua página no Twitter. Em um
dos registros, ela mostra um vibrador rosa que ganhou de presente. “Nem
tudo é o que parece… hahaha”, escreveu na legenda.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Rede social será próximo canal de atendimento ao consumidor
Procon diz que vai abrir contas oficiais no Facebook e no Twitter a partir da metade do ano
Marcel Gugoni, do R7
Somente as cartas, o telefone e a internet já não são mais
suficientes para receber as críticas e dúvidas dos consumidores sobre
produtos e serviços de má qualidade. Os próximos passos serão as redes
sociais, como o Facebook e o Twitter. O Procon-SP diz que até a metade
deste ano vai ampliar seus canais de atendimento.
Paulo Arthur Lencioni Góes, diretor de fiscalização da Fundação Procon-SP, diz que entrar nessas redes significa atingir um público ainda maior. A ideia é falar diretamente com os jovens, o grande motor do consumo atualmente.
- Hoje o Procon tem um perfil no Twitter que não é oficial – e tem milhares de seguidores [são pouco mais de 11.200 pessoas acompanhando as divulgações da fundação por meio do microblog]. Então nós identificamos que é importante trabalhar a informação de forma a atingir públicos específicos, como o jovem que quer informação fácil, rápida, objetiva.
Ele diz que o objetivo é “explorar esses canais para educar esse consumidor” de forma rápida para que ele possa ter o conhecimento necessário e “ser o protagonista da mudança nos hábitos de consumo”.
Por hábito de consumo, entenda-se informação. O diretor do Procon diz que somente o consumidor informado é capaz de se proteger dos abusos das empresas e exigir seus direitos de forma correta.
- O consumidor com informação muda o consumo como um todo. Ele muda porque vai escolher a empresa que atende melhor os seus clientes, ou porque vai consumir algo que não agride o ambiente, entre outros.
Ele conversou com o R7 na terça-feira (15), quando foi comemorado o Dia Internacional do Consumidor. O diretor diz que o grande desafio, hoje, é educar as pessoas para o consumo responsável e consciente.
Para Selma do Amaral, diretora de atendimento e orientação aos consumidores do Procon, o grande alvo dessa campanha educacional não é apenas o público jovem, mas a classe média como um todo. Hoje, mais da metade da população brasileira está na Classe C.
No ano passado, mais de 30 milhões de pessoas entraram neste grupo, que ganha de quatro a dez salários mínimos (ou entre R$ 2.040 e R$ 5.100, pelos valores do mínimo do ano passado). O emprego aumentou, os salários cresceram e o consumo seguiu o mesmo caminho.- Mas esse crescimento não foi acompanhado da informação. Há algum tempo está ocorrendo esse aumento do consumo nessas parcelas específicas da população. Com isso, as empresas estão voltando seus negócios para a Classe C. Cabe à empresa adequar sua informação a esse consumidor.
Quem tem críticas e reclamações sobre empresas ou está com dúvidas sobre direitos e deveres de consumo pode entrar em contato com o Procon-SP por meio de postos do Poupatempo no Estado de São Paulo, por meio do telefone 151 ou pela internet em www.procon.sp.gov.br.
Paulo Arthur Lencioni Góes, diretor de fiscalização da Fundação Procon-SP, diz que entrar nessas redes significa atingir um público ainda maior. A ideia é falar diretamente com os jovens, o grande motor do consumo atualmente.
- Hoje o Procon tem um perfil no Twitter que não é oficial – e tem milhares de seguidores [são pouco mais de 11.200 pessoas acompanhando as divulgações da fundação por meio do microblog]. Então nós identificamos que é importante trabalhar a informação de forma a atingir públicos específicos, como o jovem que quer informação fácil, rápida, objetiva.
Ele diz que o objetivo é “explorar esses canais para educar esse consumidor” de forma rápida para que ele possa ter o conhecimento necessário e “ser o protagonista da mudança nos hábitos de consumo”.
Por hábito de consumo, entenda-se informação. O diretor do Procon diz que somente o consumidor informado é capaz de se proteger dos abusos das empresas e exigir seus direitos de forma correta.
- O consumidor com informação muda o consumo como um todo. Ele muda porque vai escolher a empresa que atende melhor os seus clientes, ou porque vai consumir algo que não agride o ambiente, entre outros.
Ele conversou com o R7 na terça-feira (15), quando foi comemorado o Dia Internacional do Consumidor. O diretor diz que o grande desafio, hoje, é educar as pessoas para o consumo responsável e consciente.
Para Selma do Amaral, diretora de atendimento e orientação aos consumidores do Procon, o grande alvo dessa campanha educacional não é apenas o público jovem, mas a classe média como um todo. Hoje, mais da metade da população brasileira está na Classe C.
No ano passado, mais de 30 milhões de pessoas entraram neste grupo, que ganha de quatro a dez salários mínimos (ou entre R$ 2.040 e R$ 5.100, pelos valores do mínimo do ano passado). O emprego aumentou, os salários cresceram e o consumo seguiu o mesmo caminho.- Mas esse crescimento não foi acompanhado da informação. Há algum tempo está ocorrendo esse aumento do consumo nessas parcelas específicas da população. Com isso, as empresas estão voltando seus negócios para a Classe C. Cabe à empresa adequar sua informação a esse consumidor.
Quem tem críticas e reclamações sobre empresas ou está com dúvidas sobre direitos e deveres de consumo pode entrar em contato com o Procon-SP por meio de postos do Poupatempo no Estado de São Paulo, por meio do telefone 151 ou pela internet em www.procon.sp.gov.br.
Disputa de ICMS em venda on-line atinge consumidor
Em Salvador (BA),
uma transportadora já acumula mais de mil produtos em seu galpão. A
disputa fiscal entre Estados sobre o sistema de tributação em vendas
feitas pela internet acabou atingindo os consumidores, que tiveram
produtos retidos em barreiras fiscais. A polêmica sobre o ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do comércio eletrônico
começou quando Bahia, Mato Grosso e Ceará decidiram cobrar parte do
tributo recolhido nos Estados de origem dos produtos, como São Paulo.
Nas compras on-line, o imposto é pago no Estado onde está sediado o
centro de distribuição das lojas, geralmente São Paulo ou Rio de
Janeiro. Outros Estados dizem que perdem grande arrecadação com isso. As
empresas pontocom argumentam que já recolheram os impostos na origem e
que, por isso, não deveriam pagá-los novamente ao entregar o produto. A
Bahia, que iniciou a cobrança em fevereiro deste ano, nega que a
medida seja ilegal. Para evitar a cobrança, as empresas decidiram ir à
Justiça — ao menos 13 delas já obtiveram liminar favorável. Caso
contrário, os produtos acabam retidos com as transportadoras, que se
tornam responsáveis pela guarda, até que o tributo seja pago.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Site mostra em um mapa onde as pessoas acabaram de fazer sexo
A grande maioria das pessoas gosta de fazer sexo,
isto é um fato. Tudo bem, tem gente que gosta mais do seu iPad ou
prefere ficar 36 horas consecutivas jogando World of Warcraft, mas
estas são exceção. Sendo assim, por que não contar pra todo mundo que
você fez sexo?
O serviço usa um mapa do Google para mostrar o termômetro de atividades sexuais nas diferentes regiões do mundo, e permite diversos filtros de busca. Você pode fazer a pesquisa por cidades, bairros, países e continentes. Os check-ins podem ser feitos pelo seu computador ou através de dispositivos móveis, como o iPhone e smartphones Android, via aplicativo.
O mundo da tecnologia se divide em dois grupos distintos. O primeiro
grupo é composto pelos desenvolvedores de produtos e serviços que
melhoram a nossa vida. Já o segundo se destina a apresentar soluções
feitas apenas para nos divertir. E, estranhamente, o segundo grupo tende
a ser mais criativo. O I Just Made Love é uma prova disso.
Para você conhecer o I Just Made Love, clique aqui.
http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2011/07/ijustmadelove.com/
Conte onde você fez sexo (Foto: Reprodução)
O I Just Made Love faz isso. O serviço usa o mesmo conceito do Foursquare, e você pode fazer um check-in no local onde acabou de ter a relação sexual.
O serviço é bem completo, para uma proposta que só serve para
divertir. Entre outros detalhes, você pode selecionar o local onde a
relação aconteceu (casa, hotel, motel, ao ar livre, dentro do carro e
até em um barco), se usou camisinha ou não, se foi a primeira vez e até dar uma nota para a parceira. Tudo de forma anônima. O serviço usa um mapa do Google para mostrar o termômetro de atividades sexuais nas diferentes regiões do mundo, e permite diversos filtros de busca. Você pode fazer a pesquisa por cidades, bairros, países e continentes. Os check-ins podem ser feitos pelo seu computador ou através de dispositivos móveis, como o iPhone e smartphones Android, via aplicativo.
Para você conhecer o I Just Made Love, clique aqui.
http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2011/07/ijustmadelove.com/
segunda-feira, 18 de julho de 2011
sábado, 16 de julho de 2011
15 de julho – Dia do Homem – Vamos falar de Saúde Masculina?
Poucos homens fazem consultas rotineiras ao médico urologista, como fazem as mulheres aos ginecologistas. Em contrapartida, a maioria dos problemas graves podem ser solucionados se forem detectados em seu inicio. As companheiras ainda tem papel fundamental no estímulo ao habito do autocuidado.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, 44% dos homens que buscam auxílio médico possuem queixas de impotência sexual. O que na verdade é um grande problema para os homens representa também sintomas de outras doenças físicas ou possíveis distúrbios emocionais para os médicos.
A urologista Sylvia Faria Marzano indica as consultas já na adolescência, como fazem as meninas. “Muitos rapazes podem desenvolver ejaculação precoce e ficar escondendo esse problema por anos. O tratamento existe e é baseado em terapia, pois na maioria dos casos está ligado à ansiedade. Passamos exercícios de auto-conhecimento corporal para que o paciente controle sua ereção e ejaculação. No caso do adolescente, um acompanhamento médico periódico pode ajudar já no inicio, evitando uma formação sexual cercada de traumas e constrangimentos. Um bom médico também está capacitado para orientar esse jovem, distanciando-o das aventuras químicas em torno dos medicamentos para ereção, muito em voga em baladas, onde são ingeridos combinados com outras drogas apresentando grande risco de vida”.
Drª Sylvia explica que as disfunções sexuais em geral se baseiam na combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. “A vida adulta do homem é cercada de desafios diários. Ele tem que ser bem sucedido, mostrar virilidade, conquistar uma mulher, constituir família, educar filhos, etc. Muitas vezes as disfunções surgem nesse período, durante as crises no relacionamento”.
Depois dos 40 anos, a saúde masculina começa a merecer atenção redobrada. “Dependendo do estilo de vida, alguns homens começam a dar os primeiros sinais de diabetes, colesterol, hipertensão e sobrepeso, os principais inimigos da ereção. Tanto as doenças como os efeitos colaterais dos medicamentos indicados para o controle destas podem diminuir o desejo, alterar o fluxo e a pressão sanguínea e aí ele sente o alarme. Nessa fase da vida é fundamental que os especialistas envolvidos no tratamento desse paciente se dialoguem para que os medicamentos dos variados tratamentos se combinem e permitam que o paciente mantenha sua qualidade de vida” explica a urologista.
Além disso, é nessa fase também que as mudanças saúde sexual orgânica dos homens pedem maior acompanhamento. A próstata continua a crescer durante a vida e com o envelhecimento do homem, pode ficar tão grande que comprime a bexiga ou a uretra, causando problemas para urinar e, muitas vezes, danificando a bexiga ou os rins ou contribuindo para o desenvolvimento de pedras na bexiga. A hiperplasia benigna acomete 40% dos homens com 50 anos, 60% dos homens com 60 anos e mais de 80% dos homens com 80 anos. O exame do toque é rápido (de 5 a 30 segundos), e indolor (usa-se lubrificante). O médico procura sentir os sulcos da próstata com o dedo. Geralmente, a próstata deve ter a consistência de fibro-elástica. Se houver algo duro, ali no meio, já pode ser um sinal de câncer de próstata. Nesse caso, o médico já com o PSA (Antígeno Prostático Específico) alterado ou não, pede uma biópsia para confirmar o diagnóstico. Para se determinar se tem o tumor benigno ou maligno.
A descoberta de um tumor numa fase precoce e em um indivíduo jovem (com menos de 55 anos) possibilita alto grau de cura, variando de 75 a 87% em 10 anos. Recomenda-se que o exame retal seja feito em todos os homens acima de 50 anos, anualmente, como parte do exame médico de rotina. Se houver algum caso confirmado na família, esta prevenção deve ser semestral e iniciar-se entre 40 e 45 anos.
Com a idade, alguns homens também podem desenvolver deficiência androgênica (diminuição da produção do hormônio masculino). A taxa de declínio da testosterona varia de 1 a 2 % ao ano, a partir dos 50 anos de idade. Numerosas alterações anatômicas ocorrem nos testículos com a idade. O tamanho e o peso diminuem, e há também diminuição das células que produzem a testosterona. O tratamento mais eficaz é parecido com a reposição hormonal feminina, por injeções intramusculares de compostos de Testosterona. Os benefícios do tratamento incluem uma melhora na sensação de bem estar, libido e força muscular; aumento da massa magra e diminuição limitada da massa gorda corpórea; diminuição da depressão do idoso.
Sylvia Faria Marzano – Médica Urologista Pós-graduada em Terapia Sexual pela Faculdade de Medicina do ABC e pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Vizinho terá que indenizar casal após reclamar de barulho durante o sexo
Ele foi processado por expor o intimidade do casal no livro do condomínio. Vizinho que reclamou vai ter que desembolsar R$ 5.100 para cada um.
Do G1 RJ.
Um vizinho que reclamou de um casal que fazia barulho durante o sexo
foi condenado a pagar R$ 10.200 de indenização às vítimas por ter
tornado pública sua indignação no livro do condomínio, no Rio. Ele terá
que pagar R$ 5.100 a cada um deles, a título de indenização moral, como
informou Ancelmo Gois, nesta terça-feira (12), em sua coluna no jornal
O Globo.
O desembargador Sérgio Jerônimo Abreu de Silveira, da 4ª Câmara Cível, considerou que o vizinho se excedeu “fugindo do limite do razoável” e atingiu a honra do casal.
O vizinho foi processado depois de a reclamação ter sido anotada no livro do condomínio, onde escreveu que o “comportamento íntimo do casal só seria aceitável em prostíbulos e motel de beira de estrada, devido aos gemidos indiscretos e gritos escandalosos”.
Para o desembargador, o vizinho denegriu a imagem do casal perante os demais moradores do prédio.
“As assertivas registradas no livro do condomínio excedem a mera abordagem à reclamação tornando pública as intimidades do casal perante os demais condôminos. Extrapolam o âmbito da liberdade de expressão para atingir honra dos autores. A parte demandada, no caso, desbordou dos limites do razoável ao registrar a sua inconformidade da maneira como o fez”, disse o desembargador.
O desembargador Sérgio Jerônimo Abreu de Silveira, da 4ª Câmara Cível, considerou que o vizinho se excedeu “fugindo do limite do razoável” e atingiu a honra do casal.
O vizinho foi processado depois de a reclamação ter sido anotada no livro do condomínio, onde escreveu que o “comportamento íntimo do casal só seria aceitável em prostíbulos e motel de beira de estrada, devido aos gemidos indiscretos e gritos escandalosos”.
Para o desembargador, o vizinho denegriu a imagem do casal perante os demais moradores do prédio.
“As assertivas registradas no livro do condomínio excedem a mera abordagem à reclamação tornando pública as intimidades do casal perante os demais condôminos. Extrapolam o âmbito da liberdade de expressão para atingir honra dos autores. A parte demandada, no caso, desbordou dos limites do razoável ao registrar a sua inconformidade da maneira como o fez”, disse o desembargador.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Evangélicos: 56% fizeram sexo antes do casamento; 25% trairam esposa
Durante muito
tempo, era praticamente proibido falar nele nas igrejas. Assunto
restrito às quatro paredes dos gabinetes pastorais e considerado tabu
pelos crentes, o sexo tem sido visto como uma espécie de fruto proibido
ao longo de séculos. A imagem, aliás, é das mais apropriadas –
acostumou-se a associar o pecado original de Adão e Eva à prática do
sexo, e não à desobediência explícita ao Criador. Vítima de
preconceito, legalismo e uma pseudomoralidade que visava muito mais ao
controle social do que à santidade, a sexualidade atravessou as eras
como algo sujo, um prazer proibido, algo que afastava as pessoas de
Deus. Visão bem diferente do propósito do Senhor, que dotou o ser humano
da capacidade de amar e ser amado, ao ponto de a própria Palavra de
Deus aconselhar o homem a gozar a vida com sua mulher.
Novos tempos, novos valores.
Ultimamente, os crentes em Jesus têm aprendido não só a valorizar o
sexo – quando praticado dentro dos limites do casamento, bem entendido –
como a, vejam só, falar sobre ele. O resultado disso é que trabalhos
inimagináveis há algumas décadas têm sido realizados entre a comunidade
evangélica, levando os crentes a mostrar a cara e a falar claramente
sobre suas preferências, dificuldades e práticas de alcova. O mais
recente deles é a pesquisa de opinião O crente e o sexo que constitui
um amplo panorama sobre o assunto, em que quase 12 mil crentes – sendo
5,1 mil casados – responderam a perguntas enviadas pelo Bureau de
Pesquisa e Estatística Cristã (Bepec), que está sendo lançado junto com
a pesquisa.
Através de uma parceria com a empresa
Akna Software, especializada em marketing digital, e o portal e revista
cristã Genizah, o Bepec teve acesso a mais de 1,5 milhão de endereços
eletrônicos de evangélicos, sendo que o instrumento de coleta foi
mandado para cerca de 71,5 mil destinatários. Por questão de
metodologia, apenas o grupo-alvo dos evangélicos casados foi totalizado
neste primeiro momento. Um universo amplo, representando diferentes
regiões do país e classes sociais, bem como oito grandes grupos de
confissões, incluindo igrejas tradicionais, pentecostais e
neopentecostais e denominações de grande porte, como Batista e
Assembleia de Deus. “A pesquisa foi feita com rigor científico”,
destaca o profissional de marketing digital e blogueiro Danilo
Silvestre Fernandes, idealizador do Bepec. Evangélico, ele conta que
suas principais motivações foram o interesse que o assunto desperta e a
carência de material do gênero. “Não há quase nada disponível sobre a
sexualidade dos evangélicos”, atesta. “Sexo é tabu entre os crentes e
as matérias sobre isso são as mais lidas e comentadas. Quisemos produzir
conteúdo inédito – incluindo dados primários, como é o caso da
pesquisa O crente e o sexo.”
Não se pode negar mesmo que o assunto
seja apimentado. E que, a partir da divulgação dos resultados da
pesquisa, deve render mais pano para a manga nas igrejas. Como
explicar, por exemplo, o espantoso percentual de 25% dos homens crentes
casados que já traíram a mulher? Ou que 56% dos pesquisados do sexo
masculino tenham praticado sexo com o futuro cônjuge antes do
casamento? E isso, mesmo levando em conta que quase a metade dos
respondentes têm mais de dez anos de conversão à fé evangélica e que o
espectro etário é amplo, compreendendo dos 16 aos 55 anos. Ademais, a
metade dos pesquisados informou ter mais de oito anos de casamento – ou
seja, é gente que já passou pela famosa “crise dos sete anos”, o que é
indicativo de estabilidade na relação. A conclusão, óbvia, é de que o
abismo entre o discurso dos púlpitos e a prática dos crentes, que
sempre se suspeitou existir, é um fato.
“Chamou-me a atenção o índice de casais
crentes que tiveram relações sexuais antes do casamento”, aponta o
pastor Gilson Bifano, diretor do Oikos, ministério cristão de apoio à
família. Sediado no Rio de Janeiro, a entidade promove aconselhamento,
estudos e eventos voltados para casais crentes. Ele diz que muito do
que a pesquisa mostrou já é do conhecimento de quem trabalha nesta
área. “Creio que os tempos modernos têm influenciado o comportamento
dos casais crentes. Sexo é assunto que ficou, por muitos anos, sem ser
tratado no âmbito evangélico. Há muito dogmatismo e falta diálogo.”
“Sem Surpresa”
A pesquisa desce a minúcias como
práticas sexuais dos casais crentes, envolvimento com homossexualismo e
uso de pornografia – quesito no qual 44,5% dos consultados responderam
“sim”. No entender de Danilo, o que chama a atenção é a proximidade
relativa dos dados de Os crentes e o sexo e outra pesquisa, esta
realizada pelo Ministério da Saúde em 2009 com a população em geral.
Ali, o objetivo era bem diferente: balizar políticas públicas de
combate à Aids. Mesmo assim, alguns dados são inquietantes – como o
índice de traição ao parceiro fixo, que ficou na casa dos 16 por cento
em um ano na mostra do governo. “Isso não quer dizer, evidentemente,
que o evangélico traia mais”, ressalva. “Apenas que os crentes, em
diversos aspectos, não diferem tanto assim das pessoas que a Igreja
convencionou chamar como ‘do mundo’.”
“De modo geral, não me surpreendo”,
comenta o pastor Geremias do Couto, da Assembleia de Deus. Fiéis de sua
denominação, conhecida historicamente pelo rigor nos costumes,
constituem um quinto do total de pessoas casadas que entraram na
pesquisa. Mesmo assim, ele concorda que a influência de uma prática de
vida liberal tem cobrado seu preço da Igreja, sobretudo nesta área: “O
percentual naqueles pontos que, de fato, consideramos anomalias, ou
mesmo pecado, estaria, a meu ver, dentro de um corte que corresponde ao
modo como a prática da fé cristã é vivida, hoje, sem muito
comprometimento”.
Geremias, que é vinculado ao projeto My
hope (“Minha esperança”), da Associação Evangelística Billy Graham, e
dedica parte de seu ministério à orientação cristã para casais, teve
acesso aos dados da pesquisa antes de sua divulgação. O ponto que mais
chamou sua atenção foi mesmo o da traição entre cônjuges crentes.
Exatos 24,68% dos homens admitiram a pulada de cerca, enquanto que 12%
das casadas evangélicas caíram em adultério. O detalhe é que, entre os
neopentecostais, o índice supera em cerca de 5 pontos o de adeptos de
outras denominações – como os anglicanos e presbiterianos,
classificados na pesquisa como “reformados”. “Seriam, hipoteticamente,
dois a três casos de infidelidade em cada dez casais crentes”, aponta o
pastor.
Abertura
A pesquisa não deixou de abordar
questões como frequência de atos sexuais no casamento e as diferentes
modalidades de práticas sexuais. Engana-se quem pensa, por exemplo, que
crentes se contentam com as mais convencionais. Quase 38% dos que
responderam a pesquisa – lembrando que foram 56% de homens e 44% de
mulheres – disseram que “vale tudo” no quarto conjugal, desde que ambos
concordem. Aí entram a masturbação mútua, o sexo oral (com grande
aceitação para mais de 80%) e até sexo anal, normalmente vetado por
líderes e conselheiros por sua associação com práticas promíscuas
homossexuais, a chamada sodomia. Mas 21,4% dos casais crentes
confessaram praticá-lo.
Tratar de aspectos tão delicados da
intimidade conjugal só foi possível, segundo Danilo, pela garantia do
anonimato. “Pesquisas onde a coleta dos dados não é presencial, embora
exijam mais cuidado na amostragem científica, ganham nos fatores
envolvendo a privacidade do objeto do estudo. Isso incentiva a abertura
para assuntos difíceis e a honestidade das respostas”, explica. “Tenho
certeza de que muitos usaram a pesquisa como uma espécie de
confessionário, prática abandonada pelo protestantismo”, opina o bispo
Hermes Fernandes, um dos colaboradores de Genizah e líder da Rede
Episcopal de Igrejas da Nação Apostólica (Reina). Ele acompanhou a
elaboração da pesquisa e diz que o estudo confirma, com riqueza de
detalhes e informações, o que todo mundo sabe: “O proibido é mais
gostoso”. Para Hermes, a pressão exercida pela religiosidade acaba por
acentuar as pulsões sexuais, tornando-as exacerbadas. “Muitos
certamente ficaram aliviados por saber que não são os únicos a adotar
certos comportamentos considerados tabus.”
“Religião não é cabresto”
O pastor Carlos Moreira, 45 anos, da
Igreja Episcopal Carismática do Brasil, acredita que a pesquisa O
crente e o sexo foi importante para desfazer mitos. Graduado em
teologia e filosofia, ele conversou com CRISTIANISMO HOJE:
Como explicar a proximidade de alguns dados da pesquisa entre casais crentes e os levantados junto à população em geral?
Na verdade, a pesquisa desvela um
universo que, talvez, ainda seja desconhecido do público em geral.
Contudo, ela apenas comprova o que já escuto todos os dias no meu
gabinete, durante as seções de aconselhamento. O que existe na verdade é
que a sociedade imagina que a religião é um cabresto para determinados
impulsos da natureza humana, como a sexualidade, por exemplo. Tratar
os evangélicos como uma categoria diferenciada da população é alimentar
um mito, é imaginar que esta “fatia” da sociedade possui hábitos e
costumes diferentes das outras pessoas. Engano. Se isso algum dia foi
verdade, hoje, já não é mais.
E por que o tema é tão espinhoso para os evangélicos?
Sexo, para os cristãos, sempre foi um
problema, e isso desde o início da Igreja. Paulo já carregava
notadamente certa dose de preconceito em suas epístolas, talvez por
questões pessoais, talvez como forma de antagonizar a doutrina cristã
frente à devassidão da sociedade romana, na qual ele vivia. Esta, por
sua, vez, já tinha influências do helenismo grego, onde o sexo assumia
diversos matizes contrários aos costumes hebreus. Dali para a frente, a
questão só piorou. No século 4, com Santo Agostinho, o sexo tornou-se
algo terrível, uma nódoa na consciência dos cristãos – feio, sujo,
impuro, perverso e vicioso. Esta não é uma questão ligada a uma época
ou a uma cultura, é algo atemporal, intrínseco ao ser humano, faz parte
de nossa natureza, devia ser visto como coisa comum, natural, pois,
tratar o tema de outra forma só faz proliferar o que temos aí, o sexo
como algo insalubre, como perversão escondida, como neurose religiosa, e
tudo o que é proibido explode da alma para a vida nas formas mais
hediondas possíveis.
Fonte: Cristianismo Hoje
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Sexo em grupo é mais comum do que se imagina, diz autora.
Regina Navarro Lins revela o íntimo sexual da sociedade brasileira
A psicanalista e escritora Regina Navarro Lins tem causado burburinho na cama das pessoas. Seus livros “A Cama na Rede” e “Se Eu Fosse Você”
gozam de muita reputação, e despertam a curiosidade de diversos
leitores e talvez até discussões (que podem ser positivas, naturalmente)
entre casais que se mostrem insatisfeitos com a atual vida sexual.
Com muitos anos de experiência ouvindo
as angústias de pessoas entre 13 e 80 anos, percebeu que as questões
relacionadas a amor e sexo eram algumas das que mais despertavam o
mal-estar entre os pacientes. Com uma ideia muito legal, manteve por
anos o site Cama na Rede, onde anomimamente os internautas respondiam
às perguntas sobre suas intimidades, como se elas já haviam sido
infieis, gostariam de experimentar sexo a três e se sonhavam com algum
fetiche.
Antenada com os sintomas da cultura e o
desejo da sociedade em ler e descobrir de tudo relacionado ao sexo e
amor, a psicanalista concedeu entrevista à Livraria da Folha e revela o que tem observado do desejo sexual íntimo de homens e mulheres brasileiros.
Livraria da Folha: Para o público no geral, alguns números vistos no livro “A Cama na Rede”,
podem até ser surpreendentes. Mas para você, que acompanha os desejos
de homens e mulheres há algum tempo, ficou surpresa com algum resultado
específico?
Regina Navarro Lins: Eu
já esperava a maioria dos resultados, mas houve alguns que me
surpreederam. Para mim já estava claro que muita gente deseja fazer
sexo a três, pois havia recebido diversas mensagens sobre isso. Mas
nunca pensei que o percentual chegasse a 77%. Outro resultado que me
surpreendeu foi o fato de 75% acreditarem ser possível ser feliz sem
ter um par amoroso. Isso é ótimo, porque na nossa cultura aprendemos
que só é possível viver bem se formarmos um casal, o que leva muita
gente procurar desesperadamente um par. É fundamental que as pessoas
desenvolvam a capacidade de viver bem sozinhas, até mesmo para poderem
fazer melhores escolhas amorosas. Apesar de a maioria dos casamentos
serem insatisfatórios é comum as pessoas o defenderem. Causou surpresa
80% dizerem que o casamento não é o melhor caminho para a vida a dois.
Alguns resultados só vieram confirmar o que digo sempre: 72% declararam
que já foram infieis; 72% acreditam que com o tempo o tesão pelo
parceiro (a) diminui; 63% já amou duas pessoas ao mesmo tempo; 88%
afirmam que os homens se desesperam quando broxam; 74% já transaram com
uma pessoa casada; 91% já viveram alguma decepção amorosa.
Livraria da Folha: Em uma análise geral, encontram-se rastros que indiquem que a sociedade é machista?
Regina Navarro Lins:
Existem muitos rastros. Desde que o sistema patriarcal se instalou, há
cinco mil anos, a sociedade é profundamente machista. Apesar de a
maioria dos homens ainda perseguir o ideal masculino da nossa cultura –
força, ousadia, sucesso, poder, nunca falhar -, eles estão começando a
se sentir exaustos. Há algum tempo já se discutem em todo o mundo os
prejuízos da busca dessa masculinidade. Os prejuízos do machismo são
muitos. Poucos homens conseguem experimentar a intimidade emocional com
a mulher, em vez de somente a sexual. Não é de se estranhar, então, o
resultado de um importante estudo sobre sexualidade realizado, nos
Estados Unidos, que mostrou que quase a metade de homens e mulheres
americanos sofrem de disfunção sexual.
Muitas mulheres, por conta de tanta
repressão, ainda têm dificuldades no sexo, mas não resta dúvida de que
os estereótipos tradicionais de masculinidade inibiram a capacidade de
prazer sexual do homem. Demonstrar ternura, se entregar relaxado à
troca de prazer com a parceira é difícil. Perder o controle ou falhar é
uma ameaça constante, tornando o sexo uma experiência ansiosa e
limitada. Na pesquisa, que está no livro “A Cama na Rede”,
75% afirmam que o machão está em baixa. Isso é verdade; as
mentalidades estão mudando. O homem machão está perdendo o prestígio.
Ainda bem. Isso é bom para a mulher e principalmente para ele próprio.
Quanto mais autônoma e livre de estereótipos, mais a mulher valoriza o
homem sensível, que não tenha vergonha de chorar, de ficar triste, que
fale dos seus sentimentos e aceite seus próprios fracassos. Muitos
homens já estão concordando com John Lennon: “Não está na hora de
destruirmos a ética do macho?… A que nos levaram todos esses milhares
de anos?”
Livraria da Folha: No secreto, qual o verdadeiro desejo da mulher? Ela gosta de transar e gostaria de ser mais “desencanada”?
Regina Navarro Lins:
Embora no século 20 a moral sexual tenha sofrido grandes transformações
e homens e mulheres não acreditem conscientemente que o ato sexual
seja um grande pecado, no inconsciente os antigos tabus ainda
persistem. Muitos ainda sofrem com seus desejos, fantasias, medos,
culpas, frustrações. Estamos no meio de um processo de uma profunda
mudança das mentalidades, que se iniciou com os movimentos de
contracultura das décadas de 60/70. Até então a mulher deveria ser
casta e passiva. Uma herança do século 19, no qual muitas teorias foram
criadas afirmando que só o homem tinha prazer sexual.
O prazer da mulher seria, apenas, o de
ter e criar os filhos. Considerava-se marca da feminilidade a mulher
não gostar de sexo. Isso melhorou um pouco no século 20, mas as
mulheres foram condicionadas à ideia de que sexo e amor têm que
caminhar juntos, o que é um grande impedimento para sua vida sexual.
Hoje, você encontra mulheres que ainda carregam culpa em relação ao
sexo, e outras que já se liberaram e buscam viver intensamente o
prazer. Muitas declaram que gostariam de ter coragem para ousar mais no
sexo, de pôr em prática suas fantasias. Uma fantasia muito comum nas
mulheres é a de transar com dois homens ao mesmo tempo e de fazer sexo
em grupo.
Livraria da Folha: Os que não
realizam as fantasias sexuais, como tentar uma posição ou algo
diferente, ou fazer sexo a três, realizam como suas pulsões? Por meio
de pornografia?
Regina Navarro Lins:
A repressão sexual é um conjunto de interdições, permissões, valores,
regras estabelecidas pelo social para controlar o exercício da
sexualidade. Ela faz com que muita gente reprima seus desejos menos
convencionais ou desista do sexo e fique quieta no seu canto. No
Ocidente o sexo é visto como algo muito perigoso. A condenação do sexo
surgiu, com o patriarcado restringindo-se, no início, às mulheres, para
dar ao homem a certeza da paternidade. No cristianismo a repressão
sexual generalizou-se. O padrão moral tornou-se, em tese, o mesmo para
homens e mulheres, embora na prática houvesse maior condescendência
para com o homem. A repressão não é apenas algo que vem de fora,
submetendo as pessoas.
As proibições e interdições externas são
interiorizadas, convertendo-se em proibições e interdições internas,
vividas sob a forma de vergonha e culpa. A questão é que quando a
repressão é bem-sucedida, já não é sentida como tal e a aceitação ou
recusa por um determinado tipo de comportamento é vivido como se fosse
uma escolha livre da própria pessoa. A doutrina de que há no sexo algo
pecaminoso é totalmente inadequada, causando sofrimentos que se iniciam
na infância e continuam pela vida afora.
O psicanalista Wilhelm Reich
considera que as enfermidades psíquicas são a consequência do caos
sexual da sociedade, já que a saúde mental depende da potência
orgástica, isto é, do ponto até o qual o indivíduo pode se entregar e
experimentar o clímax de excitação no ato sexual. José Ângelo Gaiarsa
afirmava que uma explicação possível para haver tanta repressão reside
no fato de que, quanto mais o indivíduo vai ampliando, aprofundando e
diversificando sua vida sexual – e isso significa transgredir -, mais
coragem ganha para fazer outras coisas, questionar outros valores.
Começa a viver com maior vontade e decisão. Pode começar a se tornar
perigoso. Então, não deve ser à toa nem por acaso que as forças
repressoras de todas as épocas se voltaram tão sistemática e
precisamente contra a sexualidade humana.
Outra semana tive a prova de como o sexo
é visto como perigoso ao participar ao vivo do programa Sem Censura,
da TV Brasil, para falar dos livros A Cama na Rede e Se eu fosse você.
Logo no início, a apresentadora Leda Nagle me perguntou sobre os
resultados da pesquisa que deram origem aos livros. Quando eu disse que
me surpreendeu o fato de 77% terem declarado desejar fazer sexo a três,
ela me impediu de continuar falando sobre isso. Alegou ser 16.30h e
estarmos numa TV pública. Penso ser necessário refletirmos sobre esse
absurdo. Não tenho dúvida de que essa repressão que impede de se
conversar livremente sobre sexo é nociva. Além de tantos prejuízos
causados à vida íntima das pessoas, ela está entre as causas da
violência e dos crimes sexuais.
Livraria da Folha: Para
encontrar um dos muitos “equilíbrios” sexuais, mulheres deveriam
assistir mais a vídeos eróticos, ou homens deveriam ver menos filmes
pornográficos?
Regina Navarro Lins:
Não. Não acredito que esta seja a saída para o desencontro sexual
entre homens e mulheres. Homens e mulheres fazem sexo em menor
quantidade do que necessitam e com muito menos qualidade do que
poderiam, se frustrando durante sua própria realização. O pré-requisito
básico para haver uma relação sexual satisfatória é a ausência de
repressão, vergonha ou medo. Na sociedade hipócrita e moralista em que
vivemos, uma sexualidade plena e satisfatória é muito rara, só se
observando em alguns poucos casos. Para haver um sexo realmente
prazeroso é fundamental que os homens se libertem do mito da
masculinidade, e as mulheres do amor romântico e da ideia de que devem
corresponder às expectativas do homem. É grande a quantidade de homens
que vão para o ato sexual ansiosos em cumprir uma missão: provar que são
machos. A preocupação em não perder a ereção é tanta que fazem um sexo
apressado, com o único objetivo de ejacular, e pronto.
A mulher, com toda a educação repressora
que teve ainda se sente inibida em sugerir a forma que lhe dá mais
prazer. Acaba se adaptando ao estilo imposto pelo homem, principalmente
por temer desagradá-lo. Fazer sexo mal é isso: não se entregar às
sensações e fazer tudo sempre igual, sem levar em conta o momento, a
pessoa com quem se está e o que se sente. As pessoas que gostam de
verdade de sexo e o sabem fazer bem não têm preconceito, consideram o
sexo natural, fazendo parte da vida. A busca do prazer é livre e não
está condicionada a qualquer tipo de afirmação pessoal. Então, o sexo é
desfrutado desde o primeiro contato, e se cria o tempo todo junto com o
parceiro, até muito depois do orgasmo. O único objetivo é a descoberta
de si e do outro, numa troca contínua de sensações, em que cada
movimento é acompanhado de nova emoção. O ato sexual pode ser uma
comunicação profunda entre duas pessoas, e para isso é importante que
não se tenha nada planejado, sendo criação contínua em que nada se
repete. Sendo assim, o sexo deixa de ser a busca de um prazer
individual para se tornar um poderoso meio de transformar as pessoas. E
nem é necessário haver amor. O ponto de partida fundamental para uma
relação sexual de qualidade é o desejo.
Livraria da Folha: Sobre o sexo “esfriar” depois do casamento, as pesquisas indicam o “mais do mesmo” ou revelam algo novo?
Regina Navarro Lins: O
sexo no casamento é o maior problema enfrentado pelos casais. O
casamento é o lugar onde menos se faz sexo. A pesquisa feita para o
livro A Cama na Rede só confirmou isso: 72% declararam que com o tempo o
tesão pelo parceiro diminui. Essa questão só passou a ser problema
quando, recentemente, o amor e o prazer sexual se tornaram primordiais
na vida a dois e se criaram expectativas em relação a isso. Antes, não
se cogitava em realização afetiva e prazer na vida de um casal. Bastava
o marido ser provedor e respeitador; a mulher ser boa dona de casa e
mãe, que estava tudo certo. Mas como resolver a situação de casais que,
após alguns anos de vida em comum, constatam decepcionados terem se
tornado irmãos? Alguns dizem que é necessário quebrar a rotina e ser
criativo. As sugestões são variadas: ir a um motel, viajar no fim de
semana, visitar uma sex-shop. Mas isso de nada adianta. O desejo sexual
intenso é que leva à criatividade, e não o contrário. Quando não há
desejo, a pessoa só quer mesmo dormir.
Quem se angustia com essa questão sabe
que desejo sexual não se força, existe ou não. Não é necessário dizer
que existem exceções, e que em alguns casais o desejo sexual continua
existindo após vários anos de convívio. Mas não podemos tomar a minoria
como padrão. Mesmo que os dois se gostem, a rotina, a excessiva
intimidade e a falta de mistério acabam com qualquer emoção. Busca-se
muito mais segurança que prazer. Para se sentirem seguras, as pessoas
exigem fidelidade, o que sem dúvida é limitador e também responsável
pela falta de desejo. A certeza de posse e exclusividade leva ao
desinteresse, por eliminar a sedução e a conquista. Familiaridade com o
parceiro, associada ao hábito, podem provocar a perda do desejo
sexual, independente do crescimento do amor e de sentimentos como
admiração, companheirismo e carinho.
Livraria da Folha: Em tempos
passados, pensar, abertamente, em sexo já era crime. Atualmente,
discute-se sobre e se faz (no Brasil) com inibições pontuais. Logo,
qual é o futuro do sexo? Sexo a três e posições além do Kama Sutra tendem a se popularizar também?
Regina Navarro Lins:
Daqui a algumas décadas existirão relações duradouras, mas talvez não
sejam predominantes. As tendências apontam para o aumento do número de
relações do tipo instantâneo e efêmero e do sexo em grupo. A prática do
sexo em grupo, conhecida como bacanal ou orgia, é uma das variáveis
mais curiosas da sexualidade humana. A Grécia Clássica, berço de nossa
civilização, se não inventou a orgia teve seus praticantes mais
organizados. O governo subsidiava as chamadas dionisíacas, que constava
de um grande banquete aberto a todos. Os participantes se vestiam como
ninfas, sátiros, bacantes, etc… e atravessavam a noite realizando
jogos eróticos animados pelo vinho que corria livremente. Tais festas
rapidamente se transformavam em orgias públicas. Atualmente,
frequentemente ignorada, ocultada e reprimida, a prática do sexo em
grupo é mais comum do que se imagina. Não é raro casais, homens e
mulheres solteiros, e também muitos casados, irem sozinhos experimentar
o sexo grupal nos clubes especializados.
O swing – a troca de casais – também se
torna cada vez mais comum; chegou à classe média do Ocidente em fins da
década de 70, nos EUA, embalada pela revolução sexual, mas sua prática
é antiga em outras civilizações. Os esquimós costumavam deixar suas
mulheres emprestadas ao vizinho, quando saíam para caçar. O objetivo
era a preservação da mulher, que podia não resistir às baixas
temperaturas, sem apoio de alguém. A China também tinha o costume, até a
Revolução Cultural, de os maridos, quando se ausentavam, alugarem as
esposas. Os filhos que nascessem no período pertenceriam àquele que
alugara a mulher. No Tibet, na África e no Havaí há registro sobre o
costume em questão. Penso que no futuro homens e mulheres poderão
buscar a realização de seus desejos sem culpa por se livrarem da
submissão à moral que nos foi imposta. Mas não podemos esquecer que os
sexy games, que surgirão, também trarão muitas novidades.
Livraria da Folha: Do mesmo modo, a bissexualidade, já defendida por Freud, tende a se desenvolver na sociedade?
Regina Navarro Lins:
Penso que sim. As estatísticas mostram que a grande maioria já sentiu,
de alguma forma, desejo por ambos os sexos. Nunca se falou tanto em
bissexualidade como dos anos 90 para cá. A manchete de capa da revista
americana Newsweek de julho de 1995 era: “Bissexualidade: nem homo nem
hetero. Uma nova identidade sexual emerge.” Na pesquisa feita pelo
americano Harry Harlow, mais de 50% das mulheres, numa cena de sexo em
grupo, se engajaram em jogos íntimos com o mesmo sexo, contra apenas um
por cento dos homens.
Entretanto, quando o anonimato é
garantido a proporção de homens bissexuais aumenta a um nível quase
idêntico. Marjorie Garber, professora da Universidade de Harvard, que
elaborou um profundo estudo sobre o tema, compara a afirmação de que os
seres humanos são heterossexuais ou homossexuais às crenças de
antigamente, como: o mundo é plano, o sol gira ao redor da terra. E
pergunta: “Será que a bissexualidade é um ‘terceiro tipo’ de identidade
sexual, entre a homossexualidade e a heterossexualidade – ou além
dessas duas categorias?” Acreditando que a bissexualidade tem algo
fundamental a nos ensinar sobre a natureza do erotismo humano, ela
sugere que em vez de hetero, homo, auto, pan e bissexualidade, digamos
simplesmente “sexualidade’”. Quando trabalhamos com as tendências
devemos ficar atentos aos sinais. Há algum tempo que se observa a
bissexualidade nas adolescentes. Não é raro encontrarmos meninas que se
apaixonam por outras meninas, independente do fato de também namorar
rapazes.
Livraria da Folha: E com isso, como ficam os casamentos? Aliás, qual a relação de amor e sexo?
Regina Navarro Lins: O
amor é uma construção social. O amor romântico, pelo qual todos
anseiam, passou a fazer parte do casamento recentemente. Antes, as
pessoas se casavam por interesses econômicos da família. Esse tipo de
amor é calcado na idealização do outro; propõe a fusão entre os amantes
e a ideia de que os dois se completando nada mais vai lhes faltar.
Traz expectativas próprias como a de que quem ama não se relaciona
sexualmente com mais ninguém. Mas o amor romântico não resiste ao
dia-a-dia do casal. A idealização não consegue ser mantida, porque na
convivência você é obrigado a enxergar os aspectos que você não gosta
no parceiro. E aí vem o desencanto.
Felizmente, esse tipo de amor está
saindo de cena, levando com ele a exigência de exclusividade, uma das
suas principais características. Vivemos um período de grandes
transformações no mundo, e, no que diz respeito ao amor, o dilema atual
parece se situar entre o desejo de simbiose com o parceiro e o desejo
de liberdade, sendo que este último começa a predominar. Na pesquisa do
livro A Cama na Rede, 75% acreditarem ser possível ser feliz sem ter
um par amoroso e 80% disseram que o casamento não é o melhor caminho
para a vida a dois. No futuro menos pessoas vão desejar se fechar numa
relação a dois. As pessoas podem vir a ter relações estáveis com várias
pessoas ao mesmo tempo, escolhendo-os pelas afinidades. Talvez, quem
sabe, uma para ir ao cinema e teatro, outra para conversar, outra para
viajar, a parceria especial para o sexo, e assim por diante. A ideia de
que um parceiro único deva satisfazer todos os aspectos da vida pode
se tornar coisa do passado.
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