O urologista
Márcio Carvalho, do Centro de Informações e Estudos sobre a
Sexualidade de Maringá (Ciesma), explica que os homens também são
afetados pela perda de libido e, mais uma vez, isso não representa,
necessariamente, a falta de amor pela parceira.
De acordo com o especialista,
basicamente existem quatro fatores que provocam a falta do desejo no
homem: “O primeiro é o desequilíbrio hormonal ou a andropausa (mais
corretamente distúrbio androgênico do envelhecimento masculino), que
acarreta na perda parcial ou mesmo completa do desejo sexual,
associado com perda das fantasias ou pensamentos ligados ao sexo e
disfunção erétil (impotência)”, explica.
“O indivíduo fica até meses sem sexo e
não sente falta, e é a esposa que vai procurá-lo. Em algumas vezes a
potência sexual até está presente, ou seja, ele faz sexo ‘empurrado’
pela parceira, mas sem desejo algum”.
O segundo bloqueio da libido pode vir de
problemas emocionais como tristeza e depressão. Nesta situação, a
pessoa não quer nada que lhe dê prazer, não quer se divertir, se
alimentar ou fazer sexo.
A terceira causa da ausência de libido
pode estar relacionada ao uso de remédios contra a depressão ou a
ansiedade. “Muitas vezes o paciente está tomando o medicamento e não
percebe a perda do desejo até que a esposa começa a chamar a atenção
dele”, afirma Carvalho.
É uma situação difícil, porque somente
com a interrupção do tratamento ele vai recuperar o desejo, mas se não
tratar o problema (depressão/ansiedade) também terá comprometido a
libido”.
Outra causa provável da falta de
interesse sexual é o desgaste emocional causado pela crise no
relacionamento, inclusive com a perda da libido de ambos.
O médico alerta também para o uso de
medicamentos como o Viagra, que não devem ser usados com intenção de
‘acordar’ o apetite sexual. Eles são destinados para quem tem
problemas de ereção e só funcionam com o desejo presente.
“Se não houver desejo, o estimulante é
inútil”, enfatiza o urologista. A solução para a perda do desejo sexual
é trabalhar na fonte ou na raiz do problema, somente assim o
tratamento vai surtir o efeito esperado.
Para trazer o prazer de volta é preciso investigar
- O tratamento mais eficiente para retomar o desejo sexual é o multidisciplinar. O apoio de médicos e psicólogos ajuda o paciente a superar problemas físicos e emocionais que causam a perda da libido.
- Os parceiros são o segundo grupo mais afetado pelos males que causam a perda de desejo sexual, por isso mesmo é fundamental que participem do tratamento. O apoio da pessoa amada e a chance que o paciente tem de expressar o que sente e ouvir o parceiro podem ajudar e muito para que os dois encarem com mais tranquilidade o processo de cura.
- O paciente com perda da libido, seja homem ou mulher, por períodos prolongados deve buscar ajuda. Segundo a sexóloga Eliane Maio, o paciente deve passar por médicos que possam examiná-lo, neste caso, analisar o aspecto da saúde física do paciente. Depois desta análise, verifica-se quais seriam os fatores; se os físicos estiverem organizados, trata-se os emocionais que possam estar bloqueando o desejo.
- A anorexia sexual e males similares são diferentes da situação em que a pessoa perde o desejo apenas pelo parceiro. No segundo caso, a terapia de casal ajuda a esclarecer os pontos de atrito e, se for do interesse de ambos, recuperar a afetividade na relação. Seja qual for a situação, a cura começa com uma conversa sincera com o parceiro.
Depressão
O tratamento da depressão exige paciência do casal, porque a medicação compromete a libido, entretanto a ausência do tratamento também causa o mesmo efeito. A cumplicidade e a paciência do parceiro ajudam o paciente a se recuperar mais rápido.
O tratamento da depressão exige paciência do casal, porque a medicação compromete a libido, entretanto a ausência do tratamento também causa o mesmo efeito. A cumplicidade e a paciência do parceiro ajudam o paciente a se recuperar mais rápido.
Elas sofrem mais
A falta de libido é mais comum entre as mulheres por causa da educação repressora. Falar sobre o problema pode trazer alívio. A repressão causa sofrimento e pode ser somatizada em sequelas diversas como depressão, síndrome do pânico, entre outras.
A falta de libido é mais comum entre as mulheres por causa da educação repressora. Falar sobre o problema pode trazer alívio. A repressão causa sofrimento e pode ser somatizada em sequelas diversas como depressão, síndrome do pânico, entre outras.
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