Adoro Viagem
Eros, deus grego do amor.
Do seu nome nasceu o erotismo; Sensualidade, libido, desejo.
Envolvendo ou não o afeto, o erótico desliza sensações pelo instinto
animal do ser humano, suas expressões causam vitória e derrota,
submissão e controle, desejos que vão desde obras do Marquês de Sade às
canções da Madonna. Em alguns lugares do mundo a flecha do cupido
desvia do coração e atinge primeiro a testosterona e os estrógenos.
Ajoelhar-se para oferecer um anel de noivado em alguma dessas cidades
parece impensável, mas as declarações de amor efusivas por trás das
paredes parecem não se importar com o futuro. Conheça agora algumas das
cidades que seguem a risca os ensinamentos de Mallanaga Vatsyayana no
Kama Sutra, e que até fariam Madame Bovary relaxar com os seus pecados.
O chá das cinco do
artista ilusionista Escher e o paraíso das pinturas de Van Gogh. Se a
Holanda é uma artista, Amsterdã é sua obra de arte. O que muitos
encaram como liberal, em Amsterdã é simplesmente normal. Uma cultura
diferente, criada em um berço histórico diferente. Suas águas lembram
Veneza, seu clima lembra Paris mas suas cores são Holandesas. A luz
vermelha que ilumina o Red Light District transforma suas ruas no
centro da luxúria, as meninas que dançam em vitrines são protegidas por
vidros e pelo Estado, 20 minutos do seu tempo é equivalente a €50,00.
Pegue sua bicicleta (é, um super carro não vai impressionar ninguém por
lá) e vá até o Erotic Museum, uma casa do século 17 decorada com
litogravuras do John Lennon e versões pornográficas de clássicos da
Disney. Bonecos gigantes e réplicas de corpos nus formam uma espécie de
museu de cera do erotismo. Para mudar de ares, um tranquilo passeio de
barco pelos canais de Amsterdã purificarão o domingo a tarde.
CARTAGENA
BERLIM
Hedonismo, a busca
do prazer em todas as suas formas e tipos. Uma doutrina filosófica que
surgiu na Grécia e despencou para Berlim no começo do século XX. Os
cabarés, o curto cabelo preto, os vestidos leves, os tornozelos a
mostra. Piteira na boca e desejos no corpo. Foi depois da primeira
guerra mundial que Berlim entrou na puberdade e o liberalismo começou a
dar as caras, bares gays e casas de sadomasoquismo foram inauguradas,
começando a dar forma à Berlim que conhecemos hoje. Lógico que os
atrativos da cidade vão bem além da sua noite desinibida, mas não há
como negar que uma noitada em Berlim é uma experiência inteiramente
despudorada. Na região central, não deixe de conhecer as ruas
Oranienburger Strasse, Hackescher Markt, e Friedrichshain. Bares e
casas noturnas (a maioria sem taxa de entrada) pipocam em suas calçadas.
Em Mitte, mais precisamente na rua Veteranenstrasse, se jogue no
sedutor Bergstübl e descanse nas poltronas de couro sob uma decoração
retrô e luz vermelha. não deiixe de conhecer Kastanienalle, a rua mais
desinibida da cidade. Ela teve sua adolescência punk, e agora mais
madura ganhou ares multiculturais com espirito underground. No lugar
onde antes ficava o muro de Berlim, está agora hospedada Watergate, um
escândalo na noite Alemã. Com técnico e eletrônico rolando a madrugada
inteira, são dois andares de muito neon e luzes coloridas. A noite
esquenta mesmo na naughty Kit Kat Club, em Mitte. Suas paredes abrigam
trance music e suas noites carregam sexualidade sem limites. Mesmo! O
lema da casa é “faça o que quiser, mas continue se comunicando”.
XANGAI…
…Ou “Paris do
Oriente”. É uma das cidades mais românticas da China. Imagine todo o
misticismo oriental, a entorpecência dos incensos e essências chinesas,
e o som do ruan tomando lentamente seus sentidos. Os templos antigos e
as enevoadas salas de massagem parecem abrir um universo paralelo em
uma china socialista. O cenário lúdico na Broken Bridge é direcionado
aos casais apaixonados, mas no Museum of Ancient Chinese Sex Culture a
coisa muda de figura. Quatro mil objetos considerados como relíquias
culturais relacionadas ao sexo na antiga China ficam em exposição na
cidade de Tongli, pertinho de Xangai. A Concessão Francesa, um bairro
com descendência francesa, mistura comércio moderno com artigos
chineses, e muitos restaurantes dividem espaço com galerias de arte e
hotéis de luxo. O Mansion Hotel em Xuhui District é uma viagem de volta
aos anos 1930. Era lá que o gangster Du Yuesheng dava suas festas
regadas com orgia e dinheiro.
HAVANA
O calor e o
socialismo tira a roupa dos cubanos. Com seus vestidos curtos, as
mulheres de havana deslizam suas pernas mulatas sobre as areias de uma
cidade que já foi colônia de férias dos americanos. Seus casinos,
resorts e cabarés foram levados embora pela revolução cubana em 1959, a
atmosfera de Frank Sinatra virou uma cópia da URSS com corpos morenos.
Havana parou no tempo, mas seu turismo baseado no sex appeal continua
efervescente. Mais triste do que sensual, muitas mulheres inteligentes
em Havana acabam se prostituindo para conseguir uma renda extra. As
jineteras são garotas de programa que levam os turistas aos melhores
lugares da noite cubana – No conceito delas, é claro. Já as fiestas de
diez pesos são festas escondidas para a galera ainda mais liberal, com
gays, lésbicas, e travestis. Em cada final e semana a balada está em um
lugar diferente, o esquema é parecido com as festas exclusivas aqui do
Brasil; É preciso conhecer alguém que a frequenta para poder saber
onde a festa vai rolar. Mesmo sob as vistas (nem tão) grossas de Fidel
Castro, o antigo Cine Yara funciona com som Dolby Digital e tela grande
na esquina da rua 23 com a rua L.
NEW ORLEANS
Berço do Jazz e do
Blues e lar dos vampiros nos livros de Anne Rice. New Orleans perdeu
seu posto de Sin City para Las Vegas, mas poucas cidades tem um passado
igual o seu. O rei Louis VIX da França resolveu “limpar” a principal
prisão de Paris e mandar todas as prostitutas de lá para New Orleans.
Essas moçoilas soltas nas ruas da cidade, sem dinheiro e com muito
rancor no coração, formaram a primeira gangue de mulheres no sul dos
Estados Unidos, e a área da prostituição ficou conhecida como
Storyville. Em 1987 o governo da cidade reconheceu a prostituição por
lá, mas a legalização só durou até o ano de 1917. Todo ano acontece o
Mardi Gras em New Orleans, um tipo de carnaval brasileiro que foi
herdado da França devido à colonização. Mas não é preciso esperar uma
data especifica no calendário para se jogar na farra da cidade. A noite
boêmia de New Orleans misturou características norte americanas com o
jeitão e a cultura Européia. O show do comediante e travesti Chris
Owens lota de segunda à sábado no Chris Owens Club & Balcony. Tudo é
bem pensado: Passe primeiro ao cassino Harrah’s casino na 8 Canal
Street, ganha alguns jogos e gaste seu cash na libertinagem dos cabarés
e dos burlesque clubs, com apresentações de dançarinas que praticam
uma espécie de strip tease mais teatral e menos vulgar. Na Bourbon
Street, mais precisamente no French Quarter, ainda é possível encontrar
um grande número de burlesque clubs e cabarés, como o Le Chat Noir.
RIO
Chico Buarque
descreveu: “Quase arromba a rotina de quem vê”. O cristo com os braços
abertos protege uma cidade de fé e paixão. As inúmeras igrejas e
templos religiosos lotam as ruas do Rio, enquanto corpos suados de mar e
parafina fogem se dividem entre o sol quente da praia e a noite da
Lapa. O calor de Copacabana e Ipanema, as areias quentes refletidas ao
mar, os muitos biquinis minúsculos e alguns topless. Ah o carnaval…A
beleza e a libido estão em todos os lugares, e há muito respeito acerca
das mulheres que se exibem pelas ruas da cidade. Afinal de contas,
elas fazem parte do cenário do Rio. Já a prostituição para muitas, como
em outros países, são reflexo da sociedade, e da sobrevivência. A
Cachoeira Cascatinha na floresta da tijuca é um delicioso cenário para
namorar ao ar livre, e a praia do abricó, no bairro Grumari, é visitada
por nudistas desde 1940. A noite da boêmia carioca entra nos moldes de
Cazuza e de Vinícius de Moraes, no Rio Scenarium Bar na Lapa, um
casarão decorado com peças de antiquário que envolve a madrugada em uma
atmosfera surreal. Os bares do Baixo Gávea representam calorosamente o
clima noturno do Rio; Pegue sua caipirinha e se prepare pra muito
samba rock e MPB no melhor da noite. Já a noite eletrônica esquenta no
00 club próximo ao planetário da gávea. Para curtir um funk com classe,
a Baronetti club é uma opção longe das favelas.
IBIZA
O ponto mais colorido e animado da Espanha, que
mista prazer e natureza, história e amor, nas 24 horas de
efervescência. Na política paz e amor dos hippies dos anos 60, os
seguidores do “free love” de Ibiza trocaram os chinelos de couro por
salto alto, o colete pela sunga e o som da Jenis Joplin pelo beat
eletrônico. A ilha dos prazeres mistura sensações carnais com o calor
do álcool nas taças de Martini. As baladas não param um segundo. Em Las
Salinas, uma praia de nudismo chama a atenção dos turistas devido a
grande concentração de corpos esculturais por metro quadrado. Só por
estar em Ibiza qualquer pessoa já ganha uma pitada de sex appeal. O KM5
lounge integra restaurante, lounge sob tendas, balada, bar, e tudo de
mais sedutor em Ibiza. Mas, para conhecer mesmo a noite delirante, o
club Amnesia é inesquecível. A casa é anfitriã dos melhores DJs do
mundo e é considerada uma das melhores baladas da terra; A festa da
espuma que rola por lá uma vez por mês deixa à todos com muito menos
puder e roupa.
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